ENTREVISTA – DUDA MOURA
Entrevista com Duda Moura, amigo de longa data e um dos
grandes bateristas brasileiros em atividade. Em sua longa carreira, participou
de várias formações musicais e lançou dezenas de projetos, entre eles os
métodos de bateria de sua autoria, Bateria Ouvir & Tocar (vols. 1 e 2) e
Grooves do Brasil, além de idealizar o Curso de Bateria Drumming Boy. Mais
detalhes de sua bio, aqui: https://www.dudamoura.com/biografia
M- Duda,
um grande prazer conversar com você!
Escutei a música “Céu do Sertão”, de sua autoria,
recém-lançada na rede, um tema instrumental brasileiríssimo, profundo, com
raízes latentes. Conte como veio à luz essa preciosidade em sua vida, e como
foi o seu processo de criação...
DM- Realmente foi
uma luz! Mas é uma longa história e eu queria fazer uma introdução. Tudo
começou com o trabalho que faço com a ONG “Amigos do Bem” lá no sertão - é um
local de muita emoção, de emoção à flor da pele e tudo isso acaba contagiando a
gente. No ano de 2017, eu fui convidado para fazer a trilha sonora de uma peça
que a professora de teatro iria realizar lá no Centro de Transformação dos
Amigos do Bem. Eu fiquei surpreso pelo convite porque eu não sabia se tinha
condição ou não de fazer essa trilha, né? Há muito tempo eu não tocava violão,
não compunha nada, mas resolvi aceitar o desafio. Só que aconteceu uma magia
nessa história toda: ela me deu os temas...o motivo do que eu tinha que compor,
e a partir daí começou a aflorar a inspiração! Compus várias músicas, algumas
já tinha texto, outras eu tive que fazer a letra, outras ainda só a melodia, e
a música “Céu do Sertão” na verdade era a introdução da abertura da peça – eram
só dois acordes, e eu fazia um BG ( como a gente diz), indo e voltando naquilo
ali, no ritmo do baião, mas ao mesmo
tempo era uma coisa muito profunda. E eu percebi que a música tocou as pessoas
no dia da peça...até eu mesmo fiquei emocionado! No primeiro momento foi assim.
No ano seguinte, nós viajamos pra lá. Foi no ano de 2018, e era, se não me
engano, o último dia de capacitação no sertão. A gente costuma ir para o Vale
do Catimbau, que é um povoado lá em Buíque (PE). Era fim de tarde, quando uma
amiga me convidou pra ver o pôr-do-sol, tinha mais umas pessoas lá no nosso
alojamento, que na verdade é uma vila – a Vila do Bem, como a gente chama – e
aí a gente desceu perto de uma igrejinha que tem lá. Aquele céu todo
alaranjado, maravilhoso, e eu fiquei pensando, olhando praquele céu todo,
aquele momento, o silêncio, aquele colorido...foi um momento muito bonito e me
tocou também! Então na verdade foi uma soma a composição dessa música: a junção desse momento descrito e o convite
para fazer a trilha de teatro para a Sonia Benetti, que é uma grande amiga e diretora
de teatro de lá. Somando esse dois momentos, veio a inspiração no meu estúdio –
onde estou agora narrando tudo isso – peguei o violão e foi aparecendo...fui
lembrando das atividades, do nosso trabalho, que é voltado para as crianças. Na
verdade, não trabalhamos diretamente com as crianças: a gente capacita os
professores para eles educarem. E enquanto compunha, comecei a me lembrar do
envolvimento todo que a gente tem com o projeto, que é de puro amor, pois nós
somos voluntários e a coisa toda é feita com muito carinho e muita dedicação!
Então nesse processo, acabei compondo, sem pretensão nenhuma...foi uma coisa
particular. Só que foi um momento muito mágico porque eu senti algo dentro de
mim que há muitos anos eu não sentia! Quando a gente começa a fazer música,
quando a gente descobre que quer ser músico, e começa a compor com os amigos -
no meu caso, o Ponta Cristal, que você conheceu -, existe a arte dentro de você, aquela emoção
diferenciada de tudo o que você já tinha vivido até aquele momento. Com o
tempo, você vai se profissionalizando, e começa a perder isso, a se iludir com
o trabalho; você tem que ganhar dinheiro como profissional da música, acaba
meio que se desviando no meio do caminho...vira um “caça-níquel”, vamos dizer
assim, e passa a viver no automatismo. Você acaba se enganando com tudo e isso
passa a ser sua realidade. Eu passei muitos anos sem perceber que estava no
meio dessa engrenagem toda, que não leva a nada! Então de repente me deparei
com minha essência, lá da época do Ponta Cristal e consegui resgatar tudo
aquilo que sentia antes, quando a gente fazia música pela arte. Então eu
considero “Céu do Sertão” um resgate da minha essência e aos meus verdadeiros
valores. Foi o reencontro da essência com o novo, com o que eu vivo agora. O processo
de criação foi muito espontâneo, desse jeito que eu descrevi, e conseguiu
trazer toda a emoção à flor da pele que eu vivi junto aos amigos da capacitação
aqui para o estúdio.
M- Na gravação, você contou com parceiros de longa data.
Embora o vídeo conte com a ficha técnica, gostaria que você detalhasse a
participação de cada um na execução da música...
DM- É verdade! Contei com parceiros de longa data, mas de curta
data também...rs. Você vai saber por que:
o primeiro parceiro que eu tive contato foi o Paulo Dáfilin. Eu tava na
sua casa e mostrei a música pra ele, sem pretensão nenhuma. Ele tava com o
violão na mão, como sempre acontece quando a gente está batendo papo na casa
dele e o violão acabou vindo pra minha mão. Eu toquei a música e ele começou a
falar que quando o cara fosse gravar tinha que mudar determinado acorde, fazer
não sei o que, e eu falei “ Mas não tem cara nenhum! Se tiver alguém, esse cara
é você!” Aí ele pegou e falou “ ‘Bora’ gravar!” A gente marcou numa
quarta-feira aqui no meu estúdio e foi assim que começou. O Paulo mudou alguns
acordes...o violão não é o meu primeiro instrumento, tem uma certa limitação e
ele é um especialista nisso, né? Então ele deu uma corrigida em alguns acordes
e acrescentou alguma coisa. A participação dele nesse trabalho foi muito
efetiva, não só como instrumentista, gravando os violões, mas fez a direção
também, sugerindo que eu colocasse contrabaixo, violoncelo, que eu regravasse a
bateria, pois era outra bateria que tinha. Ele é um grande diretor musical! Eu
tive muita sorte de ter esse parceiro pra esse trabalho. Ah, e nesse mesmo dia
que ele veio gravar, na verdade a melodia era a minha voz guia, mas como eu não
sou cantor, tava aquela coisa linda de morrer...rs. Aí no caminho, quando ele vinha pra cá, ligou
pro Amilcar, o saxofonista, que trouxe uma flauta, e me falou:”Olha, Duda, eu
sei que sua voz é maravilhosa...rs, mas o Amilcar vai fazer uma guia pra poder
gravar os violões”. Depois eu mandei esses violões guias já com a bateria que
eu tinha gravado – que na verdade era uma bateria guia também. A percussão já
tava valendo, mas a bateria era guia. Falei para o Amilcar que eu tinha uma ideia
de algo orquestral e ele captou isso e gravou ali na melodia, tocando em
uníssono, flauta, piccolo e sax soprano. Ficou uma coisa bem bonita, que lembra
um pouco Villa-Lobos. Achei muito bacana e de pronto falei:”É isso!”. O Paulo
até falou: “Vamos abrir vozes,tal”, mas era mais ou menos o que eu estava
querendo e acabou ficando assim. E eu também resolvi colocar voz. Como a
melodia se repete duas vezes: sopro na primeira vez e depois de novo, - então
eu resolvi convidar uma cantora, a Adriana Jakutis. Essa é amiga de curta data,
grande parceira de música lá no projeto junto comigo. A voz dela lembra a de
uma cantora lírica e era o que eu queria na sonoridade da melodia. Só que na
hora que ela gravou, ficou bonito, tudo, mas ficou faltando peso, e foi daí que
surgiu a ideia de convidar o Gerson Machado, que era parceiro nosso do Ponta
Cristal, vocalista, e ele participou também. No contrabaixo também é um amigo
de longa data, o Nilton Leonarde, que tocou comigo no Double Duo, depois no
Tropic Bossa, e como é um cara que eu tenho muita afinidade tocando, resolvi
convidá-lo. Ele gravou no contrabaixo acústico. O cellista, Jonas Moncaio, eu
não conhecia. O Paulo Dáfilin está dirigindo um musical que é a história do
Juscelino Kubitscheck e o Jonas é o cellista deste espetáculo. Ele é de São
Carlos, veio aqui na maior boa vontade e gravou aquele cello maravilhoso! Então
foi assim...a parte de bateria e percussão eu gravei nove tracks de percussão – muita percussão, mais kit de bateria. Na
execução teve a participação nos arranjos do Paulo, junto comigo, o Amilcar fez
os arranjos do sopro, eu fiz os arranjos de bateria e percussão, o Paulo ajudou
nos arranjos de voz e violão – eu tinha o arranjo pronto, mas ele acrescentou
algo. O Nilton Leonarde contribuiu muito também com o arranjo de contrabaixo. O
Paulo escreveu os arranjos para o cello e a voz teve a direção dele. Essa parte
é muito boa também: os encontros com os amigos, cada um vindo com uma ideia, e tudo isso somado dá aquele efeito todo na
música. Ouvir tudo concretizado é um prazer muito grande!
M- A gravação foi “ao vivo” no estúdio? Como foi a edição?
DM- Como eu disse anteriormente, a gravação não foi feita ao
vivo, porque a princípio, não era para ser uma coisa grandiosa. Era pra ser uma
música com bateria, percussão, violões e só.
Mas aí o Paulo veio com as ideias, colocou contrabaixo, sopro...tudo
isso veio depois. A ideia de colocar voz também...foi acontecendo, né? Então
não se pensou nisso antes, pra combinar com todo mundo e gravar ao vivo. A
gente aproveitou a evolução da tecnologia, o que ela nos oferece hoje. Por
exemplo: eu gravei aqui bateria e percussão; gravamos também voz, violões e
cello. O Amilcar gravou na casa dele sopros e o Nilton Leonarde gravou no home studio dele o contrabaixo. A
tecnologia te oferece essas condições de fazer a coisa à distância. Esse é o
mundo de hoje. Mas como a gente estava em sintonia plena, tudo aconteceu de
forma bem natural, tanto que não precisou de muita edição...uma coisinha ou
outra só. Quanto à finalização do trabalho –
mixagem, masterização – foi feita no Estúdio Baeta pelo Thiago Lima. Me
parece que ele trabalha na TV Record, uma coisa assim – ele fica mixando o dia
inteiro. Eu falei: “Esse é o cara que vai ter facilidade pra mixar”. Porque
eram vários instrumentos, e como eu disse antes, só de percussão eram nove tracks! A gente fez a mixagem à
distância: eu mandei pra ele como referência uma música do Dori Caymmi...mandei
uma outra do Pat Metheny – coisas que eu gosto de ouvir. Aí a partir daí ele
mixou, mandou a primeira mostra pra mim e eu fui corrigindo – aumenta aqui,
abaixa ali -, mais ou menos umas “trocentas” vezes indo e vindo, até conseguir
chegar naquele resultado. Assim foi feito o processo. A gravação foi realizada
em três estúdios: no meu, no do Amilcar e no do Nilton, e a finalização no estúdio
Baeta, em São Bernardo (do Claudinho Baeta). O Thiago Lima tem uma parceria com
ele, tem uma sala lá. Sendo assim, resolvi lançar a música como meu primeiro
trabalho solo, como instrumentista e compositor e daí veio a ideia de fazer um
videoclipe, pois a música hoje está muito associada à imagem. Fechei uma
parceria com a Ginguba Records e eles me deram toda a assessoria no sentido de
distribuição digital. Hoje a música está sendo distribuída em todas as
plataformas digitais.
M- E a produção das imagens para o vídeo? Você que deu as
coordenadas?
DM- Malu, eu pude contar com dois grandes profissionais: o
Valdério Sá, que é lá do sertão de Pernambuco, da cidade de Inajá, e que cedeu
gentilmente algumas imagens do céu do sertão que ele mesmo fotografou, e com a
Wendy Maria, que fez a direção de arte/vídeo, além de criar aqueles gráficos
inspirados na literatura de cordel. E quanto às coordenadas, eu deixei a Wendy
livre pra desenvolver a criação do vídeo. Mas depois ela me enviou uma
mensagem, perguntando se existia uma história da composição, como foi, e daí eu
fiz um relato de tudo, da emoção e da energia na hora de compor, da inspiração
que eu tive, enfim, tudo o que eu já relatei na primeira pergunta. Ela absorveu
tudo isso de forma brilhante – ela é uma pessoa muito sensível – e conseguiu
dar imagem à minha música. Eu gostaria de ressaltar aqui que essa música não é
tão fácil assim pra fazer um trabalho como este. Ela tem vários movimentos, mas
a Wendy teve essa percepção e conseguiu sincronizar muito bem as imagens com o áudio.
M- O momento é de inspiração! Outras músicas de sua lavra
podem surgir no horizonte?
DM- Eu diria que o momento é de inspiração e introspecção. As
duas coisas caminham juntas. Você tem que estar ali consigo mesmo para que
aconteçam as coisas, e eu ando em busca de um novo horizonte, isso tem acontecido
comigo! Junto com a música “Céu do Sertão” vieram outras...eu compus mais
músicas, então eu estou com um repertório pronto. A ideia era lançar o primeiro
single para ver como as coisas iam
acontecer, né? Eu já fiz uma pré-gravação da próxima: é uma música em 7/8
chamada “Nascimento”. Na verdade este era o primeiro single que eu ia lançar, mas aí aconteceu aquele envolvimento com a
música “Céu do Sertão”, e eu resolvi prestar aquela homenagem aos amigos
sertanejos. Mas essa outra música já está na fila, prontinha para ser
produzida.
M- Nos últimos tempos, você focou e se empenhou muito como
professor/educador de música, lançando cursos, lecionando em seu estúdio
próprio e participando de projetos sociais. Detalhe, por favor, essas ações
recentes...
DM- Pois é, eu comecei a me envolver nessa área acadêmica a
partir de 2002. Foi quando lancei o meu primeiro método “Bateria – Ouvir &
Tocar – Volume 1”. Daquela época pra frente, eu comecei a levar paralelamente à
minha atuação como músico, tocando na noite com artistas, a área acadêmica,
dando aulas, escrevendo projetos. Daí veio o volume 2 do “Ouvir & Tocar”,
veio o “Grooves do Brasil”, que é um método mais sedimentado nos ritmos
brasileiros, lançado no Brasil e no exterior – por aqui pela Eme Editora, nos
EUA pela Tap Space– e eu fui crescendo dentro dessa área. Por volta de 2005 eu
comecei a trabalhar no Projeto Guri, pela Secretaria do Estado de São Paulo, um
projeto social. Eu dei aula em Febem, dei aula
em polos com camerata de violão, outros de orquestra. A gente preparava
lá jovens e crianças pra tocarem na orquestra e ao invés deles ficarem na rua,
iam até o projeto para aprender a tocar um instrumento. E no Projeto Guri, além
de professor, eu fui supervisor por um curto período. Depois eu montei o meu
próprio estúdio, onde além de produzir, eu ministro aulas de bateria. Já em
2012, eu fazia parte da ONG Amigos do Bem, arrecadando alimentos nos
supermercados pra enviar para as famílias no sertão, e nesse período pensei
comigo mesmo que eu podia fazer muito mais por eles, porque a música é um
elemento transformador e eu já tinha essa experiência por conta do Projeto
Guri. E veio de encontro com a abertura do centro de transformação, um lugar
com atividades extra-curriculares, como música, esporte, línguas, capoeira,
teatro, dança, além da escola fundamental. Mas na verdade, a essência disso
tudo começou no período em que eu morei nos EUA: um certo dia, estava sentado
na sala de aula – eu estudava numa escola que era para estrangeiros – com gente
de todas as nacionalidades, e a professora americana chegou lá e falou que nós,
principalmente o povo latino-americano, só olhava para o próprio umbigo. Aquilo
ficou na minha cabeça – eu entendi que os imigrantes só queriam salvar a
própria pele e não olhavam para os lados. Foi a partir daí que resolvi
trabalhar com projetos sociais e hoje eu entendo que a gente está aqui nessa
vida para partilhar com o próximo.
M- E quem quiser ter aula com você, quais os caminhos?
DM- Para quem quer estudar comigo, existem dois caminhos. No ano
passado eu lancei uma vídeo-aula de bateria para iniciantes e tem maiores
informações no meu site, ou melhor, no site do Drumming Boy, que é www.drummingboy.com.br. Você vai
encontrar lá no link “curso online” as informações de como obter a vídeo-aula.
O outro caminho são as aulas presenciais. A localização do meu estúdio é em São
Caetano do Sul, no Bairro Santa Maria. É um estúdio com equipamento top de
linha, no qual eu realizo gravações com os alunos. Eu trabalho muito por meio
da prática, dos play alongs,
oferecendo todas as condições para o aluno ser um grande profissional da
música. O curso foi inspirado nas escolas de línguas estrangeiras onde você
aprende por meio de conversação, então aqui se aprende tocando – depois, com o
tempo, vai tendo consciência daquilo que foi tocado, no caso, a técnica, a
leitura, o nome das notas, etc.
M- Com mais de 30 anos de carreira, tem algo inédito dentro
da música que ainda gostaria de realizar?
DM- A música tem um leque muito vasto. Dentro dela podemos
encontrar a indústria da música, a arte, o entretenimento, a produção musical,
a área acadêmica, e tantas outras facetas. Eu praticamente transitei em todas.
Atualmente estou nessa parte acadêmica e de produção musical. Então eu diria
que tenho muito a realizar ainda, porque quando você está lidando com algo que
é abstrato, vamos dizer assim, as possibilidades são infinitas. Então tudo pode
acontecer. Estou aqui aberto para que várias coisas aconteçam. Uma delas, que
está em pauta, seria a realização de um álbum autoral. Então eu lancei o
primeiro single, pretendo lançar o segundo, o terceiro, até completar o álbum
com pelo menos umas dez músicas. É o que eu consigo enxergar no momento. A
partir daí podem vir outras coisas. Eu sempre estou aberto à novidades, estou
sempre pesquisando, indo atrás de coisas diferentes. Esse é um atrativo da
música, né? Não existe monotonia. Você tem essa possibilidade de fazer várias
coisas diferentes, dentro daquilo que você gosta.
M- Para finalizar, deixe um recado para aqueles
garotos/garotas - que eu sei que são muitos nesse Brasilzão -, que sonham em
ser músicos, mas por vários motivos – falta de recursos, desprezo da família,
falta de opções na comunidade, etc – acabam adiando ou enterrando esse sonho.
DM- O recado que eu deixo é o seguinte: na vida, você pode
conseguir aquilo que desejar, desde que tenha determinação, dedicação, paixão,
foco e resistência ao não, porque é o que você mais vai ouvir. Não seja egoísta
e fique longe das drogas. Seja positivo, tenha convicção que seu sonho se
realizará e com certeza o universo vai colocar as pessoas certas no seu caminho
para que atinja o seu objetivo!
M- Obrigado, Duda, pela entrevista! E parabéns pelos
projetos! Que venham muitos por aí...
DM- Valeu, Malu. Grande abraço!
Link para o clipe de “Céu do Sertão”: https://www.youtube.com/watch?v=Ft7fNZti7mw
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